Concertos

16 Dezembro

TeMA, Teatro Municipal de Oliveira de Azeméis Oliveira de Azeméis POR

20 Janeiro

Sociedade Comercial Abel Pereira da Fonseca Marvila, Lisboa POR

sobre mim

Gisela João edita na primavera de 2021 “AuRora”, o seu terceiro álbum, gravado entre Lisboa e Barcelona, com produção de Michael League e co-produção de Nic Hard e da própria artista. Este é o seu registo mais pessoal e intimista, onde pela primeira vez revela os seus dotes de letrista e compositora, e canta não apenas como esperamos que cante mas para lá de tudo o que lhe ouvimos cantar até hoje.

“AuRora” é o primeiro disco de Gisela João que apresenta essencialmente canções originais e em que partilha a autoria das letras com outros artistas, tão diversos quanto Alberto Janes, Capicua, Hernâni Correia, João Monge, Jorge Cruz, José Fialho Gouveia, Marco Pombinho e Maro. Gisela João estreia-se também na composição, ao lado de António Zambujo, Arlindo de Carvalho, Carlos Paredes, Justin Stanton, Magda Giannikou e Michael League, repetindo-se ainda os nomes de Jorge Cruz, Marco Pombinho e Maro.

Na produção do muito aguardado sucessor de Nua (2016), Gisela João colabora com Michael League, multi-instrumentista, compositor e produtor que se notabilizou como baixista e frontman dos Snarky Puppy, banda norte-americana de jazz, funk e rock instrumental, vencedora de 3 Grammy Awards. Michael League partilha a sua experiência com Gisela João: " Para mim, “AuRora” é uma obra poderosa. Ser considerada uma das mais genuínas cantoras de Fado e escolher gravar um álbum como este - que leva o género aos seus limites - requer coragem e determinação. Depois de conhecer a Gisela João, ao longo dos últimos três anos, posso afirmar que tem estes dois atributos em abundância. É do senso comum que a Gisela é Fado ("Fado é um sentimento, não um estilo" - disse-me quando começámos a trabalhar neste álbum) mas talvez muitos não saibam que é, também, muitas outras coisas: é uma pessoa destemida, que corre riscos, cuja intuição musical/emocional faz inveja a qualquer músico; é capaz de sentir, sem sombra de dúvida, quando algo está certo ou errado. O seu instinto guiou-nos do início ao fim do processo de gravação.

Agora, Gisela João é também compositora. “Canção do Coração” será lembrada como a primeira música que escreveu (em parceria com o pianista Justin Stanton). Começar a carreira de compositora com um trabalho como este, tão rico e bonito, é praticamente inédito e só podemos imaginar o que ainda está por vir. Aprendi ainda mais uma coisa sobre a Gisela durante o processo de gravação - não faz nada sem dar menos de 100%. Não existe um "modo de ensaio", pedir-lhe que cantasse a meia-força, durante os ensaios, foi um exercício inútil porque a Gisela dá sempre tudo o que tem. Dizer que fui inspirado seria um eufemismo. Considero-me afortunado por ter feito parte de “AuRora”. Acho que o álbum capta a identidade da Gisela e aquilo que ama. Para mim, fazer álbuns, é isto.

Com uma voz e um timbre absolutamente singulares, Gisela João é uma figura central e uma das mais importantes intérpretes da história da música portuguesa, tendo sido distinguida com inúmeros prémios, entre os quais, Blitz, Time Out, Expresso e o Globo de Ouro para Melhor Intérprete Nacional.

Presença constante em palcos nacionais e internacionais, com actuações electrizantes e inolvidáveis, Gisela João cedo se consagrou no Fado contemporâneo seguindo a matriz tradicional, sem desvios, nem artifícios, mergulhando na sua génese, na sua autenticidade, sem excessos ou maneirismos, para que no fim se mantenha genuíno.

Miguel Esteves Cardoso disse: “Amália Rodrigues foi a grande fadista do século XX. (...) Sei e sinto, com a mesma força, que Gisela João é a grande fadista do século XXI.” E quem somos nós para o negar?

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